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Mel pode reduzir colesterol e a pressão; veja 6 benefícios e como escolher

  • O mel é usado desde a Antiguidade para adoçar as preparações culinárias e devido suas propriedades terapêuticas

  • Possui vitamina C e minerais como cálcio, magnésio, fósforo, potássio, zinco, além de antioxidantes

  • Pode evitar doenças como as cardiovasculares e a hipertensão

  • Melhora os sintomas de tosse e resfriado, além de fazer bem para a saúde gastrointestinal

  • É uma opção mais saudável que o açúcar, mas deve ser consumido com moderação



O mel é um alimento produzido a partir do néctar das flores e processado por enzimas digestivas das abelhas. Ele é usado desde a Antiguidade como adoçante nas receitas e também por causa das suas propriedades medicinais.


É rico em açúcares (glicose e frutose) e carboidratos, por isso é uma boa fonte de energia. Mas também é bastante calórico: em uma colher (de sopa) rasa, cerca de 15 g, há 206 kcal e 12,1 g de carboidratos, conforme a TBCA (Tabela Brasileira de Composição de Alimentos).


Entre os nutrientes, destacam-se pequenas quantidades de vitamina C e minerais como cálcio, magnésio, fósforo, potássio e zinco. Além disso, contém flavonoides, que são compostos que atuam como antioxidantes no organismo.


A cor do mel varia de amarelo a marrom escuro e isso pode alterar um pouco o sabor e sua doçura. Mas, de acordo com as especialistas consultadas pelo VivaBem, essas características não afetam os nutrientes do alimento. Essas alterações, geralmente, ocorrem devido às condições climáticas do apiário de onde o néctar é coletado, pelas formas de extração e também de como é feito o armazenamento do mel.


A seguir, confira os benefícios do alimento e se há riscos de consumo.


1. Contém antioxidantes


O mel tem diversos antioxidantes, incluindo compostos fenólicos, como os flavonoides. Os antioxidantes ajudam a proteger o corpo dos danos celulares causados pelos radicais livres, que contribuem com o processo de envelhecimento e o surgimento de doenças crônicas, como câncer e problemas cardíacos. Mas, vale ressaltar, que para prevenir essas doenças é importante manter hábitos saudáveis, como dieta equilibrada e atividade física regular.


2. Pode reduzir a pressão arterial


A pressão arterial é um fator de risco para as doenças cardíacas, e o mel ajuda a reduzi-la por ter antioxidantes. Além disso, uma colher (de sopa) rasa de mel contém 18 mg de potássio. Esse mineral mantém o equilíbrio da quantidade de água nas células e compensa os efeitos do excesso de sódio na dieta —o potássio contribui com a eliminação do sódio no organismo por meio da urina. Quando ocorre um desequilíbrio do mineral no corpo, é comum surgir a hipertensão (ou pressão alta). Isso porque, em excesso, o sódio se acumula no sangue e pressiona os vasos sanguíneos.


3. Melhora os níveis do colesterol


O mel reduz o colesterol considerado "ruim" (LDL) enquanto aumenta o colesterol "bom" (HDL). Um estudo realizado com 55 pessoas comparou o mel ao açúcar e descobriu que o primeiro reduziu em 5,8% o LDL e aumentou 3,3% o colesterol HDL. Além disso, quem consome mais o alimento apresenta níveis mais baixos de triglicerídeos, especialmente quando ele é usado para substituir o açúcar refinado. Por isso, também é benéfico para o coração, uma vez que o colesterol e os triglicerídeos elevados são fatores de risco para as doenças cardiovasculares.


4. Auxilia nas defesas imunológicas


Como o alimento apresenta atividade antimicrobiana, pode ser utilizado durante o período de infecção respiratória para auxiliar nas defesas imunológicas. Um estudo realizado com 139 crianças apontou que alguns micro-organismos, principalmente bactérias, são sensíveis e pouco resistentes às propriedades presentes no mel. No entanto, vale reforçar que nenhum alimento substitui o tratamento com medicamentos para determinada doença.


5. Faz bem para a saúde gastrointestinal


O consumo do mel ajuda a proteger e a recuperar a mucosa gástrica, por meio de sua ação anti-inflamatória e antioxidante. Além disso, contribui para a manutenção das boas bactérias do sistema gastrointestinal. Com isso, pode ser eficaz no tratamento de problemas digestivos e intestinais leves.


6. Alivia sintomas de resfriados


Quem nunca ouviu que o mel diminui a tosse? Pesquisadores da Universidade de Oxford publicaram um estudo no periódico científico BMJ Evidence Based Medicine que aponta que o alimento traz alívio para sintomas de infecções do trato respiratório superior. Além disso, o alimento também alivia o desconforto da inflamação na garganta. A sacarose e a frutose, presentes no mel, estimulam a produção de saliva que hidrata a mucosa da garganta, protegendo de irritações.


Benefício em estudo


Tem efeito cicatrizante: devido às suas propriedades antimicrobiana e anti-inflamatória, o alimento pode auxiliar no tratamento de feridas. Mas vale destacar que esse efeito é obtido quando o mel é aplicado diretamente na lesão, e não pelo seu consumo. Um compilado de 26 estudos com mais de três mil participantes mostrou que o mel é eficaz na cicatrização de feridas e queimaduras. Apesar disso, é muito importante buscar ajuda médica antes de passá-lo diretamente na pele.


Riscos e contraindicações


Crianças menores de um ano não devem consumir o mel. Isso porque o alimento pode estar contaminado por esporos de uma bactéria conhecida como Clostridium botulinum, que causa o botulismo infantil. A doença produz uma toxina botulínica que afeta o sistema neurológico das crianças. Para adultos, não há esse risco, já que eles possuem a microbiota completamente formada e conseguem combater a bactéria. Quem tem diabetes também deve maneirar no consumo, pois em excesso aumenta os picos de glicemia no corpo, por ser um alimento rico em açúcar. Apesar de raro, há casos de pessoas que apresentam alergia ao mel.


Qual a quantidade recomendada?


Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), a recomendação de ingestão de qualquer açúcar é de no máximo 50 g/dia. O ideal é reduzir o consumo para 25 g/dia. Por isso, o consumo de mel deve ser bastante moderado, cerca de uma colher (de sopa) cheia por dia já é o suficiente.


Como escolher?


Há diversas opções disponíveis no mercado. É importante sempre optar por um mel de qualidade e puro —algumas marcas misturam com outros itens, como xarope ou corantes. Por isso, é fundamental buscar marcas e produtores confiáveis e verificar sempre se há o selo de autenticação do SIF (Serviço de Inspeção Federal), que garante a boa procedência do mel.


É preciso também se atentar para a embalagem, que deve estar lacrada e dentro do prazo de validade. Para aumentar a durabilidade do mel, é importante conservá-lo em um ambiente seco, longe da umidade e, de preferência, longe da luz e calor, para evitar sua degradação.


Mel ou açúcar refinado: qual é a melhor opção?


Provavelmente você já se perguntou se trocar o mel por açúcar é mais saudável. De acordo com as nutricionistas consultadas, o mel tem mais nutrientes do que o açúcar refinado. Ele também pode ser considerado um produto "puro", ou seja, quando extraído já está pronto para consumo, sem necessidade dos aditivos químicos usados para o refinamento do açúcar.


Outro ponto positivo para o mel: o açúcar refinado tem um índice glicêmico maior. Por isso, ele aumenta os níveis de açúcar no sangue mais rapidamente.


No entanto, tanto o mel quanto o açúcar refinado são ricos em calorias e carboidratos. Mas o primeiro é ainda mais calórico, apesar de ter mais nutrientes.


Além disso, o mel costuma ser menos doce e é comum que as pessoas usem maiores quantidades nas receitas. O problema é que, em excesso, ele prejudica a saúde. O ideal é "educar" o paladar para consumir alimentos com menos açúcar.


Como consumir


O mel pode ser usado para substituir o açúcar em diversas receitas como bolos, tortas e sucos. Pode também ser consumido com cereais, iogurte e frutas, além de receitas agridoces como molhos com mostarda e acompanhar peixes e carnes.


Mas é importante frisar que em altas temperaturas o mel sofre perda de nutrientes. Por isso, vale a pena, sempre que possível, evitar receitas que precisem ser aquecidas.


Fontes: Andrea Bonvini, nutricionista e docente do curso de nutrição da Universidade Anhembi Morumbi; Amanda Mineiro, nutricionista do Incor (Instituto do Coração); Patrícia Modesto, nutricionista da Rede de Hospitais São Camilo (SP).


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